E a segunda semana de formação em Viana chegou ao final...

 E no final da segunda semana, chove torrencialmente. Pelo menos serve para acalmar o pó que já se tornava insuportável.

As aulas estão a decorrer. Os cerca de 35 alunos iniciais já atingiram o número de 45(!!). Cada dia aparece sempre mais um formando… Mas o interesse pela informação é evidente.

Hoje, sexta-feira, cancelámos a ação de formação: ainda no seu início, durante a apresentação da matéria, começámos a ouvir um barulho parecido com o de um aspirador que, gradualmente, se tornava insuportável de tão intenso. Depois começou a entra um fumo amarelo por debaixo da porta da sala de aulas. Intrigado com a situação decidi abrir a porta. E é quando me entra pela sala dentro um gajo, cubano de nacionalidade, com um fumigador da mão, de máscara, a injetar fumo por todo o lado. Foi a debandada geral. Não queríamos acabar como os mosquitos.

E recordando os velhos tempos de liceu ou mesmo de faculdade, terminámos alegremente as aulas mais cedo, a uma sexta-feira. Seria impraticável e até perigoso voltar para aquelas instalações. Os formandos ficaram todos contentes.

À boa maneira africana, este evento sanitário não estava previsto e foi realizado precisamente na altura em que várias ações de formação estavam a ser ministradas. E seria tão simples efetuarem a operação durante a tarde, onde não estavam programadas aulas na escola Nacional de Bombeiros de Viana, a cerca de 20km a Leste de Angola.

Mais uma para contar aos netos.

Novo dia, no final da semana

 A ação de formação está (definitivamente?!) marcada para a próxima segunda-feira. A ver vamos. Será nas instalações da Escola Nacional de Bombeiros, em Viana (ver fotos abaixo).

Ontem estivemos na praia, no final da tarde. Um lugar ermo localizado ao km 31 da estrada nacional Luanda – Benguela, a cerca de uma dezena de quilómetros do Hotel. Foi necessário superar veredas e ravinas para chegar à paradisíaca praia de areia branca ocupada por pescados e seus utensílios. A água parecia um caldo. Situação semelhante só nas Caraíbas.

Angola não é Luanda

 Estive a ver algumas imagens e filmes sobre o interior de Angola. Zonas paradisíacas onde a paisagem é rainha. Contraste extremo com a poluição, sujidade, confusão e o desordenamento de Luanda.

Quem esteve só em Luanda garantidamente não pode dizer que conhece Angola.

Particularidades angolanas

 Hoje mudei de quarto. Colocaram-me noutra ala do hotel, num quarto mais pequeno mas com vista para o oceano e para a praia. E parece que se reduziu um pouco a despesa diária de alojamento em cerca de 20-30 euros (o quarto agora custa uns módicos 250euros/noite!!!!!)

Quando cheguei ao novo espaço verifiquei que à semelhança do anterior, os mecanismos de acionamento de dispositivos funcionam ao contrário: o interruptor direito da iluminação aciona a lâmpada esquerda e a posição de água fria fornece água quente. Vestígio bretão em anteriores terras lusas?

Aquando da arrumação da roupa no armário constatei que alguns vestidos e sapatos de senhora ocupavam esse espaço. Eh pá? Será alguma oferta ou o quarto estaria já ocupado? Nada disso: um esquecimento da hóspede anterior.

Mensagem electrónica das filhas

 Dois dias depois da chegada a Angola, registo a receção do email das "gémeas":

"Obrigado por permitires que eu dê beijos à gata. A cookie e o botas mandam-te um beijinho.

Nós temos dormido na tua cama e quando tu chegares vais dormir nas nossas camas.

Depois quero que me tragas um presente .deves estar ai na boa vida não é?

Beijinhos das meninas e até amanhã.

Susana e Sofia."

Trânsito de Luanda

Se há algo que caracteriza negativamente a cidade de Luanda, é certamente o TRÂNSITO. Ironicamente caótico. O percurso entre o Hotel (em Benfica, junto à costa, na periferia da cidade) e o quartel de bombeiros de Luanda é de cerca de 15km. O mínimo que demorámos para percorrer esta distância foi 2:15horas. Na passada segunda-feira foram SÓ 2:30horas. Ouvir musica, conversar, olhar para os magotes de vendedores de tudo e mais alguma coisa, para as bancas rudimentares à beira da estrada, são passatempos que permitem que a cabeça não aqueça tanto como o motor da viatura

Ups!!. Neste momento faltou a eletricidade, como é muito hábito nesta terra. Ficamos uns segundos sem luz até os geradores serem acionados. E estamos a falar duma cidade com muitos milhões de habitantes).

Belas shopping

 Quando disseram que íamos ao Belas Shopping, associei o local a um centro comercial curto, sujo e deprimente. Helas!! Não se fica atrás de muitos centros comerciais portugueses, com um "continente" e tudo. E lojas finas. E parque de estacionamento com vigilantes, ... em cima de torres de vigia.

http://blog.ademar.org/2007/08/12/angola-belas-shopping/

Comprado cartão de telemóvel. Rede UNITEL - a maior família de Angola. Necessário o passaporte??!!!!!! (não há possibilidade de existirem cartões/números anónimos).

E visitámos um café de um português, com pasteis de nata e café Delta. (4€ 3 cafés!!!!!!!) Impossível sobreviver neste País.

A primeira vez em Luanda, Angola

 Após viagem de cerca de 7:30 horas, chegada a Luanda pelas 6:45. Intendente da PSP Teixeira a aguardar e encaminhar para o hotel (www.hotelpordosol.com).

Um grupo de elementos da PSP e GNR no hotel, o que constituiu uma mais-valia na integração no meio.

Bom local, junto à praia. Perto mas longe, porque é necessário trabalhar e efetuar os últimos retoques ás apresentações.

Refeições numa esplanada na praia, de baixo de coqueiros. Aspeto negativo: custo da refeição. Almoço chocos assados com legumes e batata, ananás e água: 3 000 kwanzas (cerca de 30euros). Isto promete.