Acabei de ler o novo livro de José Saramago. Agradável e de fácil leitura. Muito longe da dificuldade de consumo das intermináveis descrições do Memorial do Convento.
Foi pena que o relato do percurso efetuado pelo elefante em Portugal não tivesse sido tão pormenorizada como a que José Saramago efetuou para a viagem em território italiano. Na realidade não consegui depreender por onde é que o elefante passou, para além das referencias ao interior de Portugal.
Em meados do século XVI o rei D. João III oferece a seu primo, o arquiduque Maximiliano da Áustria, genro do imperador Carlos V, um elefante indiano que há dois anos se encontra em Belém, vindo da Índia. Com base nesses escassos elementos, e sobretudo com uma poderosa imaginação, José Saramago coloca agora nas mãos dos leitores esta obra excecional que é A Viagem do Elefante. Neste livro, escrito em condições de saúde muito precárias, não sabemos o que mais admirar – o estilo pessoal do autor; a combinação de personagens reais e inventadas; o olhar sobre a humanidade em que a ironia e o sarcasmo, marcas da lucidez implacável do autor, se combinam com a compaixão com que o autor observa as fraquezas humanas.
Um livro muito agradável que dificilmente conseguiremos interromper.
Ficha de viagem
Países: Portugal, Espanha, Itália, Austria
Transporte utilizados: A pé, Barco.
Data: 1551
Mapa: