terça-feira, 11 de abril de 2023

ABBA - o grupo de várias gerações

Agnetha Åse Fältskog, Björn Kristian Ulvaeus, Göran Bror Benny Anderson, Anni-Frid Lyngstad. Foi citando estas ásperas e incompreensíveis palavras que a apresentadora do concerto em prol da UNICEF, em 1979, na sala plenária da assembleia das nações unidas, deu a conhecer os próximos  intervenientes. Fez soltar gargalhadas ao público presente. Seguidamente referiu  o nome do grupo musical,  ABBA, o que provocou o rebentar da  sala em gritos e palmas. 
Os ABBA são um grupo de várias gerações. Acompanharam as fases da vida de um qualquer fã e as suas composições assinalam marcos de crescimento, sons, momentos, sabores. Sempre que ouço a música "Fernando", associo-a a uma manhã fria de Natal da infância, com o giradisco a reproduzi-la infinitamente enquanto as prendas eram vasculhadas e os petiscos do almoço, em confeção na cozinha, exalavam cheiros deliciosos.  "Chiquitita", a música que se deu a conhecer num parque de campismo da Costa da Caparica, junto a uma linda menina de olhos azuis. "I have a dream" e as festas do liceu.
É incontornável que os ABBA acompanharam a infância, adolescência e a idade adulta de várias gerações. Atualmente o filme Mama Mia veio dar nova lufada de ar fresco às suas músicas e fazer com que as gerações mais novas também se encontrassem com o grupo.
Hoje visitámos o museu dos ABBA, localizado numa das muitas ilhas de Estocolmo.  Uma pequena casa escondida por detrás de um restaurante, não dava jus á omnipotência do quarteto. Mas após a entrada e a descida a uma cave com dois andares, acede-se a um labirinto por onde os visitantes percorrem, por muitos corredores, salas e múltiplos recantos, a cronologia das vidas do grupo e dos artistas que o integram. Fotografias, discografia, discos de platina, vestimentas coloridas, instrumentos musicais, multimédia, filmes, transportam o visitante à época que os acolheu. 
As suas melodias são intemporais, conforme comprovavam 2 crianças de tenra idade, acompanhadas pelos avós, que trauteavam a  Chiquitita. 
Obrigado aos ABBA pelo prazer que proporcionaram ao mundo nos últimos 50 anos. 

segunda-feira, 10 de abril de 2023

A pequena sereia. Ponto de encontro de gerações

Quem visitou Copenhaga questionou-se certamente sobre qual a razão de uma insignificante estátua de bronze, disposta sobre um pequeno rochedo, ser o símbolo desta capital de terras vikingues. 
Na verdade o personagem do conto de  Hans Christian Andersen é a marca universal da abnegação e entrega, ao ter  disponibilizado a sua vida ao seu príncipe encantado.
Esta estátua tem sido um curioso ponto de encontro de várias gerações da nossa família. No final dos anos 50 do século passado os Pais fizeram-se fotografar junto a ela, poucos anos depois de uma guerra mundial que ceifou a vida a dezenas de milhões de pessoas; filho por lá passou nos anos 80, ainda com os nevoeiros mortais de Chernobyl a pairarem sobre o Báltico; após a grande crise económica mundial, a neta foi apresentar-se a esta comungadora de gerações.  
Regressámos ao local em 2023, com mais uma inclemente e injustificável guerra na Europa e princípios de nova crise financeira. Será que a sereia conseguirá proteger as novas gerações que a venham visitar?